terça-feira, 19 de maio de 2020

8º Dia (17/08/2008) - Camaná

Não estava muito animada com essa “ida ao Pacífico”, mas tenho que admitir que em Camaná tive a melhor noite de sono da viagem, depois de tantos dias de altitude e tempo seco.
Acordamos às 10h e nos reunimos no saguão do hotel. O tempo estava nublado e não havia nem sinal de sol. Saímos em busca de um café da manhã, e acabamos encontrando um bem sem gracinha em uma lanchonete ali perto.
A idéia era ir até a praia. Tentamos um taxi, mas o motorista queria cobrar muito caro e não levaria os 6. Decidimos então pegar o meio de transporte alternativo de Camaná para ir até a praia. Era uma moto adaptada, com um tipo de carroceria, toda revestida por um plástico, que na maioria era temático. O nosso era do Frajola. Pela cidade vimos umas que no lugar da moto, tinha uma bicicleta.
Após uns 10 minutos de passeio, passando por uma estrada deserta e por várias casas abandonadas, chegamos à praia. 



Para quem é acostumado com a areia branquinha do litoral brasileiro, a pria de Camaná foi um pouco decepcionante. A praia era escura e cheia de pedrinhas. Como era inverno, não existia nada na praia além de uma foca morta e um casal que fazia um piquenique com seu filho. Não havia nenhum comércio, nenhuma barraca, nada! 
Mesmo sem ter muito que fazer por lá, ficamos umas 2 horas caminhando, tirando fotos e apreciando o mar. O único que teve coragem de encarar o frio e entrar foi o Rhaverton, e assim mesmo, só molhou até os joelhos.





Não fazíamos idéia de como iríamos embora. A praia estava deserta e não tinha sequer um telefone público por perto. Por sorte, um táxi se aproximou para deixar alguns passageiros e aproveitamos para voltar para o centro da cidade com ele. Sem nada pra fazer, ficamos andando pela cidade, até que passamos por um hotel chamado Hotel de Turistas Camaná, que nos chamou a atenção. Entramos e ficamos deslumbrados com um hotel daqueles ali no meio do nada. Era ali mesmo que iríamos almoçar, e nada de pollo, por favor. Cada um pediu um prato recheado de camarões e peixes. Só o Xykão que não quis arriscar e pediu um macarrão a bolonhesa. A comida estava maravilhosa. Valeu à pena cada sole.





Após o almoço, voltamos para o nosso hotel para descansar, já que nosso ônibus com destino a Nazca sairia apenas às 18h30. Nossa diária no Gran Hostal Premier terminava ao 12h, mas o atendente nos deixou ficar até às 18h, Depois seguimos caminhando até o guichê da Cruz Del Sur, que ficava na avenida principal. O ônibus não demorou a chegar e era bem melhor que os outros ônibus que já conhecíamos.
A distância entre Camaná a Nazca é de 269 km, passando pela Rodovia Pan-Americana, ás margens do Oceano Pacifico. Uma pena a viagem ter sido a noite, porque dizem que o visual durante o dia é lindo! A viagem foi tranquila. Só fizemos uma parada por volta das 20h30 numa lanchonete no meio da estrada, nada muito convidativa. 
De volta a estrada, dormi quase o caminho todo. Acordamos sobressaltados quando o motorista avisou que estávamos em Nazca. Já era quase 2h da manhã e fazia muito frio. Pegamos nossas mochilas e saímos caminhando em direção a um hotel próximo a rodoviária chamado Hostal Alegria Nazca Peru. O hostal era muito legal, tinha até piscina. Mas a diária não era muito barata e se encerrava as 10h. Como já era 2h da manha, não compensava.
Uma coisa que essa viagem me ensinou foi nunca mais deixar para reservar hotéis na hora. Em alguns lugares você até consegue bons preços negociando, mas chegar de madrugada, carregando mochila e sem ter para onde ir, deixa qualquer um de mal humor. Os ânimos não estavam dos melhores quando voltamos pra avenida a procura de hospedagem.
Andamos uns 10 min praticamente em silêncio até que alguém avistou um hotel chamado El Inca. Entramos e conseguimos negociar com a responsável um preço razoavelmente justo. Pagaríamos meio diária a mais para ficarmos ate às 20h do dia seguinte, uma vez que nosso ônibus para Cusco sairia às 20h30. Enquanto acertávamos o preço, perguntamos para a atendente como eram os passeios para as Linhas de Nazca. Ela ficou surpresa quando dissemos que não tínhamos reservas. Segundo ela, pessoas compravam os vôos com três meses de antecedência, e que se pretendíamos voar amanhã, precisaríamos levantar bem cedo. E que os passeios dependiam do tempo, porque com o tempo nublado não é possível ver nada.
Subimos um tanto desanimados para os quartos, que eram muito confortáveis e tratamos logo de ir dormir.

** Gastos do dia:
(Camaná)
- Café da Manhã – S$2,40
- Taxi – S$5,00 (S$1,67 p/ cada)
- Taxi – S$6,00 (S$1,00 p/ cada)
- Almoço – S$26,80
- Lanche – S$10,00 (S$1,67 p/ cada)

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